Como recuperar a autoestima baixa
- há 2 dias
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Embora muita gente fale sobre “como recuperar a autoestima baixa”, na prática não se trata de resgatar algo que está ruim, mas sim reconstruir uma autoestima saudável.A autoestima é a relação que temos conosco — e isso envolve confiança, autocuidado, autoconfiança e até o diálogo interno positivo. É saber que podemos contar conosco para evitar situações que nos machucam e para manter um compromisso com nossas próprias necessidades e desejos.

Entenda o que é autoestima
A autoestima é um processo contínuo que reflete a forma como nos vemos, o nosso próprio valor e a visão mais positiva de si. Ela se expressa no modo como enfrentamos desafios, como nos relacionamos, na nossa capacidade de enfrentar desafios e até na maneira como lidamos com nossos erros. Ter autoestima é sentir-se bem consigo, cuidar de si e agir de acordo com as próprias vontades, sem viver para agradar aos outros.

Onde a autoestima se perde
Baixa autoestima é uma relação fragilizada consigo mesmo. Baixa autoestima pode nos fazer duvidar de nossas capacidades, gerar falta de confiança e incentivar pensamentos autodepreciativos. Pessoas com baixa autoestima podem se sentir inseguras em interações sociais, experimentar preocupação excessiva ou cair na comparação com os outros, o que pode nos fazer sentir “não bom o suficiente”. Baixa autoestima não é apenas um momento de insegurança — ela pode impactar profundamente a saúde física e mental, afetando tanto o bem-estar emocional quanto gerando sintomas físicos e mentais.

Baixa autoestima na saúde emocional
A autoestima e a saúde emocional estão profundamente ligadas. O conceito que temos de nós mesmos — a forma como avaliamos nosso próprio valor — dá o tom para as nossas emoções diárias. Quando cultivamos uma visão mais positiva de si, é mais fácil enfrentar desafios, lidar com frustrações e manter o equilíbrio mesmo diante de experiências negativas.
Por outro lado, a baixa autoestima na saúde emocional pode amplificar sentimentos como insegurança, tristeza e ansiedade, tornando mais difícil experimentar coisas novas e construir relacionamentos saudáveis. Uma autoestima fortalecida funciona como um filtro: ela não elimina as dificuldades da vida, mas influencia como interpretamos e reagimos a elas, promovendo mais resiliência e sensação de bem-estar.

Aumentar a autoestima?
Não se trata exatamente de “aumentar a autoestima”. A nossa experiência basal de contentamento com a própria presença já é algo ótimo por si só. A ideia de aumento constante pode ser, na verdade, uma fonte de sofrimento, pois nos coloca em um estado permanente de comparação, competição ou busca por um padrão imposto.
Em vez de tentar alcançar uma medida externa, o caminho mais saudável é o reconhecimento de si mesmo como alguém digno, que tem valor e merece cuidado. Esse reconhecimento não é uma meta a ser atingida, mas um ponto de partida para viver de forma mais autêntica e bem consigo.

Ligação com experiências negativas e trauma
Quem passou por experiências negativas marcantes, como no caso de TEPT-C, muitas vezes tem o discernimento afetado sobre o que machuca. Baixa autoestima pode nos fazer repetir vínculos prejudiciais, manter comportamentos autodepreciativos ou evitar enfrentar os desafios necessários para crescer.O trauma pode impactar a autoimagem, a confiança em si e até a capacidade de construir relacionamentos saudáveis, afetando o desenvolvimento pessoal e a saúde emocional.

5 dicas práticas para melhorar a autoestima
Embora cada caso seja único, alguns passos podem ajudar a promover mudanças reais:
Identifique padrões prejudiciais: Perceber como a baixa autoestima pode nos fazer sentir menos capazes é essencial. Isso pode ajudá-lo a identificar gatilhos e situações que minam a autoconfiança.
Cultive um diálogo interno positivo: Troque frases autodepreciativas por pensamentos construtivos. Isso ajuda a melhorar sua autoimagem e promover uma visão mais positiva de si. Todos cometem erros, tenha uma visão mais ponderada e real sobre você mesmo.
Estabeleça compromissos possíveis: Cumprir pequenas metas reforça a confiança em si e eleva a autoestima.
Cuide do autocuidado: Priorize hábitos que favoreçam sua saúde física e mental. O autocuidado pode ajudar a melhorar a autoestima e promover sensação de bem-estar.
Busque ajuda profissional: Um psicólogo pode ajudar a melhorar a autoestima e tratar a baixa autoestima de forma mais profunda, especialmente quando há trauma envolvido.
Quando buscar ajuda
Sinais de baixa autoestima, como sentimento de inadequação, falta de confiança e comparação com os outros, podem impactar a saúde emocional e contribuir para transtornos mentais, incluindo ansiedade e a depressão. Se esses sinais persistirem, buscar a ajuda de um psicólogo pode ajudar a melhorar sua relação consigo mesmo, entender melhor sobre as causas e fortalecer a autoconfiança.
💡 Próximo passo: Trabalhar a autoestima e melhorar a relação que você tem consigo não é um ato isolado, mas um processo. Se você deseja entender quais são as causas da sua baixa autoestima e encontrar caminhos para superá-la, buscar ajuda pode ser o primeiro passo para elevar sua autoestima e sentir-se melhor consigo.
Mas como saber se a minha autoestima baixa vem de experiências traumáticas ou de fatores mais recentes do dia a dia?