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trauma emocional

Trauma: Tratamento

Um caminho profundo e transformador com a psicoterapia psicanalítica

Introdução

O trauma emocional é uma resposta psíquica a uma experiência vivida como insuportável ou impossível de simbolizar no momento em que ocorreu. Esse trauma pode ser desencadeado por um evento traumático agudo — como um assalto, uma perda de um ente querido, um desastre natural ou outros tipos de acidentes — mas também pode ser fruto de situações prolongadas de negligência afetiva, violência ou abandono.

Nem sempre o evento traumático em si é o único fator a ser considerado: muitas vezes, o que fere é a ausência de rede de apoio, de suporte emocional ou de possibilidade de expressão após a exposição ao ocorrido.

Traumas emocionais repetidos, especialmente na infância ou na vida adulta, podem levar ao desenvolvimento de transtornos mais complexos, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou o transtorno de estresse pós-traumático complexo (TEPT-C). Ambos afetam a saúde física e mental, trazendo sintomas como insônia, hipervigilância, flashbacks, desconexão, compulsões, sensação de vazio, dificuldades relacionais ou abuso de substâncias.

É importante lembrar: o trauma não é fraqueza, nem exagero. Traumatizado é quem passou por algo que ultrapassou sua capacidade psíquica de simbolização naquele momento. E sim, é possível se recuperar.

Quando o trauma emocional precisa de tratamento?

Nem todo sofrimento precisa de intervenção clínica especializada.

No entanto, se você:

 

  • sente que está sempre no modo “sobrevivência”;

  • repete os mesmos ciclos de dor emocional;

  • apresenta sintomas persistentes como ansiedade, insônia, crises de pânico, raiva ou apatia;

  • vive experiências de desconexão ou dissociação;

  • ou teve uma experiência traumática recente e se sente desorganizado emocionalmente;

então é hora de procurar ajuda.

 

Sobre os sintomas e como superar o sofrimento psicológico, esses sinais podem indicar que seu psiquismo está lidando com memórias ou com uma situação traumática mal elaborada. Nesses casos, o tratamento adequado com apoio profissional pode promover alívio, transformação e uma nova perspectiva sobre a experiência vivida.

Como funciona o tratamento psicanalítico
para trauma

Diferente de terapias que visam modificar comportamentos de forma direta, a psicoterapia psicanalítica trabalha com a escuta profunda. O foco não é o controle do sintoma, mas a elaboração do trauma por meio da fala, da relação transferencial, dos sonhos, do tempo simbólico.

Na psicanálise, compreendemos sobre trauma não é apenas o que aconteceu, mas aquilo que não pôde ser representado. É a parte do vivido que não encontrou palavras.

Ao longo do processo, o paciente passa a acessar e simbolizar o que antes era sentido apenas como desconforto, angústia ou desorganização. Essa abordagem permite que o sujeito se aproxime de seus afetos com menos medo, menos rigidez, e maior capacidade de integrar sua história.

Essa é uma estratégia de enfrentamento profunda. Não se trata de “superar um trauma” como quem fecha um capítulo, mas de se apropriar dele sem ser dominado por ele.

A resiliência é desenvolvida a partir do reconhecimento e escuta das partes feridas.

Terapias mais faladas para trauma (e o que você precisa saber sobre elas)

Muitas pessoas que sofreram traumas buscam alguns tipos tratamentos baseados em protocolos de alívio rápido. Aqui explico algumas opções, sempre com respeito, mas também com conscientização:

EMDR

O EMDR utiliza estimulação bilateral para reprocessar memórias traumáticas. Tem bons resultados em casos de trauma agudo, especialmente em situações recentes.

No entanto, para traumas complexos, essa técnica pode ser limitada. O trauma psicológico é mais do que uma lembrança dolorosa — ele se estrutura como marca afetiva, corporal, psíquica e inconsciente.

TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental)

A TCC propõe identificar pensamentos disfuncionais e treiná-los. Em muitos casos, pode ajudar com sintomas pontuais.

Contudo, para a formação de transtornos psiquiátricos ligados a vínculos e experiências precoces, a TCC pode ser superficial. Como disse um profissional do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, “não se muda um trauma com lógica argumentativa.”

Outras abordagens: somática, narrativa, do esquema

Terapias narrativas, do esquema, somáticas, de grupo ou terapia de exposição têm lugar e valor em certos casos. Mas, para lidar com o trauma profundo, o estilo psicanalítico oferece um espaço de singularidade, onde o sujeito não é encaixado em protocolos, mas escutado como único.

trauma emocional sintomas

Para quem a psicoterapia para trauma emocional é indicada

O tratamento do trauma é indicado para pessoas que:

  • Passaram por um evento traumático e não conseguiram retomar o equilíbrio emocional;

  • Vivem em constante estado de alerta ou com sensação de ameaça iminente;

  • Apresentam sintomas como compulsão, crises de ansiedade, insônia ou apatia emocional;

  • Sentem-se emocionalmente desconectadas ou como se estivessem fora de si;

  • Repetem vínculos destrutivos e se envolvem com figuras que despertam sofrimento;

  • Tiveram traumas na infância ou na vida adulta, especialmente relacionados à violência, instabilidade familiar, negligência ou abusos;

  • Não encontraram acolhimento em outras abordagens mais rápidas ou diretivas;

  • Estão em busca de um espaço onde possam falar sem julgamentos, em seu próprio tempo.

    O tratamento pode ser ainda mais necessário em casos de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, como o TEPT, que frequentemente surge após a exposição prolongada a estressores severos ou crônicos.

Psicoterapia para trauma

Atendimento online e presencial

A terapia psicanalítica para o tratamento do trauma psicológico pode ser realizada tanto de forma presencial quanto online. O mais importante é a constância do vínculo e a qualidade da escuta.

Atendo presencialmente na Avenida Paulista, 1149 – São Paulo – ou online, em sessões sigilosas e seguras para brasileiros que vivem no Brasil ou no exterior.

Você pode iniciar o processo de qualquer lugar, com liberdade para trazer sua experiência vivida, seus tempos, sua dor — e sua esperança.

Trauma psicológico

Relato de caso

Ele chegou ao consultório com um jeito contido, quase anestesiado. Falava baixo, pausadamente, como quem calcula cada palavra antes de soltá-la. Logo nas primeiras sessões, contou que cresceu com uma mãe alcoólatra — uma figura instável, por vezes carinhosa, por vezes ausente, por vezes violenta.

Desde cedo, aprendeu a não demonstrar o que sentia. Sentia raiva? Engolia. Medo? Silenciava. Amor? Guardava. Desenvolveu uma espécie de neutralidade emocional como forma de suportar o ambiente imprevisível. Não chorava, não se irritava, não se entusiasmava. Vivia.

Com o tempo, no espaço da análise, algo começou a se mover. Primeiro vieram os sonhos — intensos, desconexos, cheios de afetos. Depois os lapsos de fala, os silêncios que diziam muito. E então, um dia, ele chorou. Chorou por tudo que não pôde sentir quando era pequeno. Chorou pela mãe, por si mesmo, por tudo que precisou calar.

A partir daí, começamos a reconstruir uma outra possibilidade: a de viver com as emoções à flor da pele, não como ameaça, mas como direito. Hoje, ele não precisa mais se proteger das próprias emoções. Está reaprendendo a sentir — e, com isso, a existir de forma mais inteira.

Tratamento para trauma

Grupos de apoio e rede de suporte

Em alguns casos, além da terapia, grupos de apoio e uma rede de apoio sólida (família, amigos, ambientes acolhedores) podem promover efeitos importantes no processo de recuperação emocional.

Esses recursos não substituem a escuta profissional, mas complementam o cuidado, oferecendo segurança e reconhecimento da dor — algo fundamental para que a memória traumática possa ser transformada.

Qual é o Melhor tipo de terapia para o trauma?

O melhor tipo de terapia para o trauma pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de suas necessidades individuais e condições específicas. Ao analisar a tabela a seguir, você pode identificar a abordagem que melhor atenda às suas expectativas e possibilidades. 

É possível se recuperar?

Sim. Apesar de parecer impossível durante os períodos mais difíceis, é possível a recuperação e estabilização interna. Não se trata de “esquecer” ou fingir que não aconteceu, mas de deixar de ser refém de uma dor não simbolizada.

O trauma é parte da vida psíquica de muitos — mas com escuta, presença, vínculo e tempo, ele pode deixar de comandar silenciosamente o presente.

consultório da Psicóloga Bruna Lima

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Conclusão

Emocional é o que envolve o que temos de mais vivo e mais vulnerável. E quando isso é ferido, o caminho de volta exige coragem.

Com apoio profissional, vínculo terapêutico e espaço simbólico, é possível reorganizar a própria história, integrar afetos e seguir com mais liberdade interna.

Procurar ajuda é um ato de força. E também de amor.

Psicóloga Bruna Lima

CRP 06/130409

Bruna Lima Psicóloga Clínica

Psicblima@gmail.com

+55 11 99411-3832

Bruna Lima é psicóloga clínica com mais de 5 estrelas no Google. Graduou-se em Psicologia pelo Centro Universitário FMU  e tem 10 anos de experiência em psicologia clínica.

Cadastrada E-psi, atende on-line a brasileiros expatriados há 10 anos.

Possui três especializações/certificações em psicanálise pelas instituições:

Bruna também é colunista no AllPopStuff e tem um canal no YouTube.

Com sua sólida formação, Bruna utiliza abordagens psicanalíticas personalizadas para ajudar cada paciente adulto. Oferece atendimento online e presencial. Entre em contato para agendar.

Autora: Bruna Lima

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Fontes

As informações apresentadas neste artigo foram fundamentadas em fontes confiáveis e estudos científicos relevantes. Abaixo, listamos as principais referências utilizadas na pesquisa:

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  • RANK, Otto. O t. do nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

  • FERENCZI, Sándor. Diários clínicos. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

  • WINNICOTT, Donald W. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1983.

  • HERMAN, Judith L. T. e recuperação: da violência doméstica à violência política e sexual. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

  • GONZÁLEZ, Rosa Jaitin. A clínica do t.: psicanálise e situações extremas. São Paulo: Escuta, 2007.

  • KAËS, René. O t. psíquico: estudos psicanalíticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

  • BOLLAS, Christopher. O objeto transformacional. In: O momento freudiano. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.

  • GREEN, André. O t. do negativo. São Paulo: Escuta, 1996.

  • KUPERMANN, Daniel. Clínica psicanalítica dos t. precoces. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013.

  • BENJAMIN, Jessica. Os laços do amor: psicanálise, feminismo e o problema da dominação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

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